Sou o próprio Nordeste
No sangue e na pele
No brilho do olhar
Fui feita pra dança
E minha Asa Branca
Me leva a voar.
Fui feita pra dança
E minha Asa Branca
Me leva a voar.
Sou água de chuva
Que a vida saúda
No solo rachado.
Mulato aguerrido
Que manda os bramidos
Pra tanger o gado
Sou neta de vaqueiro
Sombra de juazeiro
Sou o cheiro da arruda
Eu sou benzedeira
Mas já fui parteira
Na hora da ajuda
Sou sol escaldante
Sou seu comandante
Lampião do cangaço
Sou fraco e franzino
Mas o meu destino
Eu mesmo é que traço
Sou toda lua cheia
Que o Sertão encandeia
Que ilumina a estrada
Sou seu candeeiro
Forró no terreiro
Forró no terreiro
Sou Luiz Gonzaga.
E se um dia disserem
Que ser do Nordeste
É má condição
Respondo sem risco:
Só é tudo isso
Quem sabe ser tão.
E se um dia disserem
Que ser do Nordeste
É má condição
Respondo sem risco:
Só é tudo isso
Quem sabe ser tão.
Ser tão?
ResponderExcluirTão ser!
Sê o nome da sua carne
Sê de janeiro a janeiro
Pois habita em ocê
Um universo inteiro.