segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Amanhã.

O amanhã é invisível.
É sombra.
Não tem cheiro,
Não tem cor,
Não tem forma.
Não tem sabor.
O amanhã não tem nem porquê.
Não tem história.
Não tem saber.
Pode ser e pode não ser.
O amanhã é um velho novo que espera num telhado.
A nos jogar pedrinhas na cabeça
E nos fazer olhar pro lado.
O amanhã é uma criança velha
Que se ri dos nosso planos
E nos irrita por tanta espera.
O amanhã quem o conhece?
Quem?
O amanhã é ninguém.
Mas pode ser eu ou você.
Ou nós dois juntos.
O amanhã pode ser o mundo.
Ou pode ser nada.
Pode ser apenas uma estrada
Mas não é um lugar.
O importante do amanhã é só caminhar.
Percorrer, correr, andar.
O amanhã é intocável,
Incompreensível.
O amanhã é, de fato, risível.
E dele nos rimos de todo.
É sonho,
É doce.
É esperançoso.
O amanhã de ontem é hoje.
O amanhã de hoje é Ano Novo.

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