Amor é remédio para todas as dores.
A dor de dente,
Quando vinha a mãe da gente
E carinho em gotas ministrava.
A dor de cabeça,
A febre quente,
Quando um pano úmido,
Em nossa fronte passava.
A dor na perna,
A dor da ferida aberta,
Que somente o sopro materno amenizava.
A gente cresce e as dores mudam.
Mas remédios de amor tudo curam.
A posologia não se deve esquecer.
Para estresse de contas que se acumulam,
Um só beijo de amor há de resolver.
Depois é só ir repetindo a dose.
E ainda que a dor sofra metamorfose,
Qualquer romance a faz perecer.
E para os que pensam que existe a tal dor de amor,
Digo, e aqui repito, que amar, em si, nunca dói.
É falta de amor que traz sofrimento.
É medo de amar que causa lamento.
Por ausência de afeto é que o coração corroi.
Porque amor é toda a profilaxia.
E muita dor não mais existiria.
Tão só as pessoas amassem sem medo.
A analgesia, amigos, é coração benfazejo.
É mão de mãe em meus cabelos,
Que todas as dores arrefecia.
E quantas vezes ela, sem saber,
Justamente por amortecer,
Amor tecia.
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