Este amor é caso fortuito,
É morte por motivo fútil,
Domínio de violenta emoção.
Se me usa, logo é usufruto,
Se me toma, objeto de furto,
Se se apodera, usucapião.
Embriaguez preordenada
De relação condicionada,
Quase dolo eventual.
Condicionada ao sentimento,
Que sem custas ou emolumentos,
Me exerce direito real.
Mas se em desforço incontinenti,
Tento afastar renitente
O ato da turbação,
Reclamas agressão legítima,
De amante personalíssima,
Diz que é teu meu coração.
Recluso em regime fechado
Se grito de liberdade alardo
Tu me vens prender pela mão
Me lança este olhar de fascínio
Me pede exceção de domínio,
Me impinge condenação.
Se penso que assim se declara
Logo desmente na cara,
Tem nos lábios omissão.
Mas olhos são traiçoeiros,
Nunca deixam de ser verdadeiros
Nem tem medo de confissão.
O que requeiro, destarte,
É que admita ser minha parte,
Reconheça minha pretensão.
Esqueça qualquer ato pretérito,
E se com amor julgar meu mérito,
Serei pleno em satisfação.
Pra te amar não tem mais hora,
E se há periculum in mora,
Aprecie a liminar
Para constituir do teu lado
Este ser apaixonado
Do qual tu és titular.
Logo desmente na cara,
Tem nos lábios omissão.
Mas olhos são traiçoeiros,
Nunca deixam de ser verdadeiros
Nem tem medo de confissão.
O que requeiro, destarte,
É que admita ser minha parte,
Reconheça minha pretensão.
Esqueça qualquer ato pretérito,
E se com amor julgar meu mérito,
Serei pleno em satisfação.
Pra te amar não tem mais hora,
E se há periculum in mora,
Aprecie a liminar
Para constituir do teu lado
Este ser apaixonado
Do qual tu és titular.
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